segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

A HISTÓRIA DO MERCADO FINANCEIRO

QUANDO E COMO TUDO COMEÇOU
Os investidores são ótimos com os números, mas um tanto quanto distraídos em relação à história das bolsas. Então, vamos ajudá-los, voltando um pouco no tempo para entender o que é e como surgiu o atual modelo do mercado financeiro (com as bolsas de valores e ações).
O mercado de ações, nos moldes que conhecemos, surgiu com atitudes cotidianas simples no século 17, na Holanda. Nessa época, os holandeses endinheirados cairam no gosto pelas Tulipas (originárias da Turquia) e pagavam fortunas por elas. As mais raras davam um pau em qualquer Louis Vuitton ou Rolex da vida. Quer dizer (desculpem o palavriado rsrs), falando-se em preço, botavam inveja em qualquer artigo de luxo da atualidade.
Porém, como as flores só eram vendidas no primavera, os especuladores (nessa época, provavelmente, eles nem sabiam que eram especuladores) logo arranjaram um jeitinho de comercializar o artigo o ano todo. Na época do inverno, compravam os bulbos por preços mais em conta e recebiam um recibo/papel como garantia, pois o bulbo ficaria com o florista até florescer. Quando chegava a primavera, pronto...estava na hora de receber o dinheiro, e mais alguns trocados, de volta. Vendiam muito mais caro do que compraram.
Em pouco tempo, já estavam negociando os próprios contratos (os recibos). Um investidor que tivesse comprado um bulbo por R$1.200 (vamos deixar em reais mesmo pra facilitar) na esperança que subisse para R$1.400 na primavera, às vezes preferia vender por R$1.300 do que esperar até lá. O negócio era tão bom, que, muitas vezes, até quem não tinha nada podia entrar e ganhar algum. Mais ou menos como o Lehman Brother fazia - lembra? (chegaremos lá daqui a pouco). Tinha um monte de holandês pegando R$1.400 emprestados num dia para comprar um bulbo e vendê-lo por R$1.500 no dia seguinte.
E assim, foi indo o mercado de Tulipas até o estouro da bolsa - quer dizer da bolha...nessa época não tinha bolsa, só de mulher.
O preço das Tulipas continuavam subindo. Você comprava um bulbo por um preço e sempre havia alguém mais idiota ainda (não que você seja) para pagar mais. Como tudo tem um limite e os preços não poderiam continuar subindo para sempre, a bolha das tulipas estourou. Foi descoberto que vários floristas haviam vendido contratos falsos, que não davam direito a bulbo algum e a desconfiava reinou. Quem tinha vendido a casa, carruagens, etc, para aplicar nas Tulipas, perderam tudo. Os contratos eram podres - como se dizem por aí hoje em dia.
Foi nessa época (em 1602) que a primeira bolsa de valores foi instituida - a Companhia Holandesa das Índias Orientais, em Amsterdam.
O negócio deu tão certo, que os bancos fazem isso até hoje. Mas o risco pode ser grande também. Veja o Lehman Brothers, por exemplo, eles tinham nas mãos o equivalente à R$ 1 bilhão (em bens fixos), mas pegaram mais de R$30 bilhões emprestados - ou seja, estavam alavancados, devendo muuuuito e para muuuuita gente. Como esses R$ 30 bilhões estavam empregados nas ações podres da crise imobiliária, eles não resistiram e bateram as botas. Mesmo vendendo todos os seus bens, eles não conseguiriam devolver os empréstimos.

Bem, acho que deu para entender, né? As ações e bolsas de valores de hoje em dia funcionam como o mercado das Tulipas. Só muda o produto.
Sugestão de leitura: A Era da Turbulência, de Alan Greenspan.

Um comentário:

Alan Curtis disse...

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